quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Constantemente Inconstante.

Em um dia a gente ama, em um dia a gente tem certeza, em um dia a gente sabe o que quer. No outro dia o amor não era amor, a certeza mudou de ponto, e já queremos outra coisa.

Essa inexplicável mudança de vontade que muitas vezes acaba por machucar alguém, e por vezes também deixar marcas em nós. Não que isso seja insuperável, acredito que por ser tão comum já criamos imunidade.

Isso se deve ao fato de que criamos um fiapo de expectativa, transformamos em um sentimento, apoiamo-nos emocionalmente achando ser um tipo de resposta para uma indagação. E fazemos tudo isso em um tempo tão reduzido que sobrecarregamos algo que ainda é novo, algo que ainda precisa amadurecer e que só então, depois de amadurecido, poderíamos tê-lo como certo.

O tempo de cultivar geralmente dá trabalho, e gera gastos. Sem falar do tempo que precisamos para conhecer o que anelamos tão ansiosamente.

Confesso que só consegui parar, pensar e perceber que esse era o meu sentimento, por que passei a refletir na seguinte citação: “ Por mais difícil que seja querer alguma coisa, quem mais sofre é quem não sabe o que quer”. E nesse tempo refletindo sobre o que eu realmente quero, percebi que deixei de querer muita coisa que para mim já foi um sonho, simplesmente por que as sufoquei. Tudo o que eu quis e sonhei, ainda existe dentro de mim, talvez esmagado, pressionado, sufocado, mas em algum lugar, e só agora que descobri onde tudo isso pode ter ido parar é que paro para pensar se tudo aquilo que eu idealizei era mesmo parte de mim, ou apenas uma sobrecarga do desespero que alguma coisa dar certo.

Aprendi: a vida não tem pressa, ela não vai te colocar em uma piscina que não te dá pé, mas freqüentemente pulamos na piscina sem ter a altura necessária, e acabamos por afogar tudo.