domingo, 29 de agosto de 2010

Senão sonhar...

"Nunca se afaste de seus sonhos. Porque se eles forem, você continuara vivendo,

mas terá deixado de existir." Mark Twain


Amanhã pode ser que minha coluna não doa mais. E se continuar a doer, caminharei assim mesmo. Alimentado foi. Talvez mais do que deveria. Cresceu e passou a ocupar lugar fora de mim, sobre mim, porém nada palpável.

Partes dele caíram, e para não ficar incompleto, adaptou-se. Nem tudo que idealizei correspondeu à realidade. Agora que grande está, dentro de mim já não cabe mais, carrego sobre meus ombros, e pesa o vazio interno.

Olham e pensam em como pareço cansado sem nada fazer, apenas sonhar. Sonho, sonho, cresce e pesa.

Tenho esperanças de vê-lo, um dia, realizado, pronto para gerar novos sonhos. Um período de inicia, por hora o mais difícil. Definir os sonhos. Minhas aspirações me soam desprezíveis, me machuco, desprezando a mim próprio. Sonho abstrato de mais.

A incansável frustração, e a ação interferente da tolerância me levam a carregar esses sonhos, talvez eu permaneça tempos inerte, talvez faça adaptações, talvez. A certeza é que não os deixarei. No processo de criação de um sonho, despejo uma parte de mim, crio uma espécie de ligação, que se caso os largasse, seria como deixar parte de meu ser. Parte essa que sentirei falta.

Preciso agora de esperança, o que eu chamaria de fertilizante para um solo onde há sonhos. Carrego-os fora de mim, porém só os verei reais quando dentro de mim reencontrarem espaço e amadurecerem.

Carrego sonhos, que por não se tornarem reais, pesam sobre meus ombros.

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Hoje gostaria de adicionar um comentário à postagem. Para quem não sabe hoje é meu aniversário. E como em outros anos, acordei sabendo disso, mas nunca aparenta. Recebi então uma surpresa de meus amigos. Realmente são grandes marcadores de histórias, foi um dia incrível, muito feliz, no qual encontrei mais forças para enfrentar tudo o que me diz ser impossível. Obrigado a todos que se fizeram presente de alguma forma neste dia. Minha esperança foi renovada. Tão abstrata que nem se pode explicar. Mas senti, e foi o bastante.

sábado, 21 de agosto de 2010

O amor não...

Benjamin Constant
"(...) Todo sentimento precisa de um passado pra existir
O amor não, ele cria como por encanto um passado que nos cerca
Ele nos dá a consciência de havermos vivido anos a fio
Com alguém que a pouco era quase um estranho
Ele supre a falta de lembranças por uma espécie de mágica...
"

domingo, 8 de agosto de 2010

pai.

quando tudo é negação. tua voz me encoraja a prosseguir.

sábado, 7 de agosto de 2010

Vai Saber...


“Nada como um amor não correspondido para tirar todo o sabor do sanduíche de manteiga de amendoim…” -Charlie Brown-


Não sei lidar com determinados sentimentos. Então, quando os sinto, os percebo como conflitos.

É sobre pessoas.

Nem todas as pessoas têm sensibilidade sobre seus próprios sentimentos. Muitas vezes é como se não os sentissem. Talvez não os sintam.

Eu tenho o péssimo hábito de idealizar as pessoas às minhas necessidades. Não relevo o fato de elas viverem como eu, e estarem no mesmo ambiente que eu, e de terem vindo de outro lugar, que não do meu.

Costumo moldá-las, dentro de mim, àquele alguém que seria a resposta para minha indagação. Moldá-las às minhas carências e afeições.

Conseqüente, acompanha-se a frustração.

Por ora esse alguém não é quem você idealizou. Por ora este mesmo marca sua vida com um profundo sentimento de insignificância, seguido de uma atitude de força e orgulho provinda da sua parte.

Porém, mesmo desse modo, a importância daquela pessoa dentro de você não muda. Você poderia estar por anos longe dela, mas ficaria por anos falando dela como se ainda estivesse em contato.

A verdade é que preciso de pessoas a minha volta, e não aceito o fato de não poder estar sozinho, quando tudo o que vejo é contrário ao que sinto.

Queria falar desse assunto em forma de conto ou crônica, mas precisava ser bastante claro. Pois, às vezes minha interpretação falha.